domingo, 22 de novembro de 2009

"O corpo gosta de se mover"

"O corpo gosta de se mover"... uma frase que me ficou na cabeça quando trabalhámos com Deborah Cohen, uma artista, arquitecta e dançarina dos EUA. Experiencia fantástica! Certamente nos marcou a todos, uns a mais que outros mas ninguém ficou indiferente ao contágio de tanta vivacidade! Além de nos ajudar a conhecermo-nos melhor, proporcionou-nos e puxou-nos para uma diferente perspectiva do espaço, a reagirmos com o nosso corpo em relaçao ao espaço envolvente e às pessoas que nos rodeiam.
Com dois dias de workshop, conseguimos acabar numa mini discoteca improvisada no pátio do hotel, a turma de oito - eu, mafala, diogo e sra (portugal), marie e mathieu (frança), mathias (lichtenstein) e espen (norway); Deborah Cohen; a Lucky (rapariga Tibetana... quase nossa guia) e todo o pessoal do hotel que os convidámos a juntarem-se a nós. Foi um mix de aprender e ensinar, quer coreografias tibetanas, quer ocidentais... Impecavel.
Como ja tinha dito... simplesmente uma experiência fantastica!
Não há duvida, há realmente pessoas que nos marcam...
carla

Mosteiros... há muitos!!

Desculpem mas hoje nao é um dia de muita inspiração! Apesar de ser domingo, a preguiça reina.. Entreti-me a fazer uma mini mini video com algumas imagens de vários mosteiros que visitei no Tibete (mais facil que escrever lol). Alguns em Lhasa, outros fora da capital e alguns na viagem de cinco dias até chegar ao campo base do Evereste.

Para quem viu o filme "Sete Anos no Tibete" e tem a imagem dos monges de vermelho, que cuidam de todos os seres vivos (no filme... as minhocas) e que acreditam fiamente na reencarnação... essa imagem para mim ficou mais clara que nunca! Durante estas viagens, tive a oportunidade de conseguir sentir um bocadinho a força que tem a religiao nestas pessoas! Mesmo para quem não é ligado à religião, como eu, consegue sentir um respeito imenso pelas suas crenças...
Bem, hoje nao é mesmo dia de inspiração! vejam o video para ficarem com uma ideia do que andei por la a ver! =) liguem o som porque foi uma gravaçao num dos mosteiros. Nao se houve bem, mas ao vivo arrepiava-me sempre que ouvia. São monges a entoar canticos...
See you!
carla

terça-feira, 17 de novembro de 2009

De língua para fora

Curioso, atento e sorridente é o povo tibetano. De expressões incriveis dignas de fotos ampliadas, ha reações diversas a quem lhes é estranho e carrega uma maquina fotografica consigo. Se ha alguns que fogem porque uma fotografia prende-lhes a alma neste mundo e nao os deixa reencarnar quando morrerem; outros ha que ate sorriem e pousam para a foto; e ainda ha os que se estreiam a ver uma camara e querem por tudo mexer nela e se cegam com o flash que dispara! É verdade, isto ainda acontece nos dias de hoje! hehehe
Num destes episódios uma criança sorriu para mim e deitou a lingua para fora... curioso, porque terá ela feito isso?! Conta a história... e encurtando... que um rei do Tibete era tão mau que tinha o sangue azul, sangue de touro. Ainda nos dias que correm, as pessoas "mostram a lingua" principalmente nos mosteiros em sinal de respeito e para provarem que nao teem a lingua azul, que nao são descendencia ou reencarnaçao do rei.
Curioso como o povo tibetano consersa certas tradiçoes! =)

Hasta**

As janelas que afujentam e aquecem


A arquitectura típica tibetana sobresai pelo seu aspecto primitivo, pelo uso das cores vivas, dos desenhos e decorações fortes e pelos espaços normalmente interiorizados. Uma caracteristica curiosa é a forma e significado das janelas e da sua "moldura".

Antigamente as janelas nao tinham vidro e devido ao clima da região eram tapadas por um pedaço de tecido estremamentre grosso e pesado, capaz de manter a temperatura no interior. Como ponto fraco dos edificios, etas averturas precisavam ser protegidas, assim a moldura representa a face e os cornos de um touro que afujenta os maus espíritos. A cor preta ajuda a absorver o calor durante o dia e a mante-lo durante a noite. Pode parecer muito primitivo mas a verdade é que a pedra mesmo à noite continua quente e a libertar calor! Um simboplismo "protector" aliado a uma questão prática construtiva!


Até à proxima**